segunda-feira, 3 de setembro de 2007

CRÍTICA A PALESTRA


EDUCAÇÃO

Palestra com coordenador da PUC não supera expectativas.
A palestra com Nikão Duarte passou por momentos altos e baixos


Inscrições demoradas, datashow com problema e meia hora de atraso para o começo da palestra. Foi assim, que deu inicio a palestra com Luiz Antônio Nikão Duarte, coordenador da Comunicação Social da PUCRS, que palestrou sobre o tema – Relações com a Mídia - O caráter estratégico das Assessorias e o papel dos comunicadores.

O tema era muito interessante, e gerou grande expectativa entre os alunos, que lotaram o auditório do Campus II da Ucpel. Porém, aos poucos fomos ouvindo burburinhos, conversas, risadas, e os alunos saindo um por um. Na metade da palestra, grande parte dos alunos que lotaram o auditório, já haviam saido. O desinteresse dos alunos, deve-se por ele abordar temas “batidos”, obviedades e assuntos paralelos que não condiziam em nada com o tema. Dentre eles, falar por quase 05 minutos, que o sol faz mal a saúde, também que ele fala demais, gosta de um “vomitório” e que a PUC não tem problema em interferir as férias do professor para pedir entrevista.

Mas claro, que a palestra também abordou questões muito interessantes, como por exemplo, que as relações com a mídia devem ser uma razão de ser das Assessorias de Comunicação. A grande problemática é que como existem muitas “trocas” nesse meio, o interesse público fica em 2º plano, pois primeiro “te dou a notícia e você me disponibiliza os anúncios”. Essa é a relação da mídia atualmente. Por isso, hoje devemos desconfiar das assessorias, elas devem exercer funções de direito e principalmente de dever. Para ele, uma solução é que essas relações deveriam ser diretas com o departamento comercial, e não usar da sua imagem pessoal. Também, que a visita do diretor na redação é fundamental, o que não se pode é a visita do assessor, pois acaba intimidando a redação e assim pode ser interpretado como lobista.

Hoje, está tudo estalado na redação, assim não reproduz-se o ambiente que se encontra, o famoso olhar jornalístico, por isso o lugar do repórter é na rua. Ele acredita que a nova geração no sentido ético está melhorando, mas estão muito mais acomodados. “Os repórteres de ontem são melhores que os repórteres de hoje,está tudo muito mais fácil para o comunicador, antes os textos eram tijolos, não havia pirâmide invertida, lide e a publicidade era feita pelos jornalistas na redação. Já hoje, com todo o “google” possível os recém formados estão com preguiça de pensar. Há 20 anos atrás, não tinha nem fax e hoje se passa tudo pelo avanço exagerado das novas tecnologias. Daqui a pouco nós seremos mídia, já que atualmente tudo é mídia", disse Nikão.

As abordagens não geravam polêmica, discussão. A única provocação consistente do palestrante foi que a informação deve ser conquista do jornalista, não deve ser oferta de assessor ou de fonte. Deve-se buscar com o público, não com amigo, conhecido, pois nós que temos que ir atrás da informação. Contatos até é válido, mas lobby nunca (não podemos ser confundidos como lobistas da comunicação).

Porém, em nenhum momento falou de como as instituições trabalham essa relação do profissional com o sindicato, entre outros temas que seriam de grande interesse para os novos jornalistas.

A palestra passou por momentos altos e baixos, com temas interessantes e outros temas complemente saturados. Assim ,não superando a expectativa que se gerou em cima do tema. Ao final da palestra, com poucos presentes, não foi criado nenhum debate,e apenas uma pergunta sem grande repercussão.

Entre no site oficial da PUC - http://www.pucrs.br/

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